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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Autoridades implementam medidas para reduzir atropelamento de animais na BR-382



Pelo trecho da BR-392 que está em fase de duplicação, circulam todos os dias cerca de 10 mil veículos, na maioria caminhões. Não é raro encontrar animais atropelados na pista, e a incidência da ocorrência destes acidentes pode variar de acordo com a época do ano. Para diminuir o número de animais que morrem tentando atravessar a rodovia, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) vem implementando medidas que mitiguem este impacto na fauna local.
Uma das medidas adotadas é a construção das passagens de fauna, por baixo da rodovia, através das quais os animais podem circular sem contato com o tráfego. A nova pista da BR-392 já é construída com estas passagens, e a pista antiga vem sendo adequada para atender essa exigência. Os animais serão conduzidos a estas passagens por telas, que também impedem que eles subam na pista. “Esta medida diminui os atropelamentos permitindo que os animais vivam em ambos os lados da rodovia, sem isolar, mantendo a conectividade do ambiente”, explica a ecóloga Renata Freitas, da STE, responsável pela Gestão Ambiental do empreendimento.
As campanhas e o monitoramento
Para contabilizar o número de atropelamentos, a cada dois meses uma equipe percorre o trecho em obras, monitorando e contabilizando as espécies de animais atropelados. “Com base nestes dados outras medidas que diminuam os atropelamentos de animais podem ser sugeridas”, diz Renata.
Na última campanha a equipe registrou, pela primeira vez desde que começou a monitorar a rodovia, o atropelamento de dois animais nativos da região: o gato-do-mato-grande (Leopardus geoffroyi), felino silvestre ameaçado de extinção no Rio Grande do Sul, e o cachorro-do-campo (Lycalopex gymnocercus), canídeo silvestre tímido, comum em áreas abertas e bordas de matas. “É um sinal de que esses animais vivem na nossa região e podem sofrer com as ações do homem, como o atropelamento, por isso é tão importante que existam medidas para diminuir este impacto”, observa o biólogo Rodrigo Torres, que trabalhou na campanha de monitoramento.
Nas nove campanhas que foram realizadas desde o início de 2011, já foram contabilizados 288 animais atropelados, de 67 espécies diferentes. Os animais mais atropelados são, ratão-do-banhado (30), gambá (27), tartaruga-tigre-d’água (22), cobra-d’água e anu-branco (20), cágado-de-barbelas (16), pomba-de-bando (12), preá (13) e cachorro-do-mato (8). “Os projetos rodoviários do Dnit estão se adequando em todo o Brasil para que seja o mais sustentável possível. Este tipo de medida faz parte das ações que visam integrar o desenvolvimento com a preservação do meio ambiente”


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